domingo, 27 de dezembro de 2015

Melhores amigos

Este aqui, devo admitir que precisou de um intenso esforço. Demorei para encontrar certas palavras, estas que deveriam demonstrar direitinho o que sinto por você. O que venho sentindo a muito tempo.
Nos conhecemos a alguns anos e eu já tenho planos para os próximos 25.
É incrível como me coloco em situações rotineiras ao seu lado.
Nas mais simples possíveis. Como por exemplo, ir ao supermercado e comprar o lanche de domingo, ir nas lojas de utilidades para casa, e me atrevo a pensar como seria a nossa. Será que teríamos pinguins na geladeira? E rendinhas na janela?
Seria tão bom, imaginar e saber que é possível.
Quanto mais os dias passam, mas a certeza de que é você o meu par, eu tenho. Mesmo sabendo e aceitando, nas raras vezes, a sua escolha, a sua vocação, ou o que você trás dentro do peito -como eu queria habitar um lugarzinho mais carinhoso ai-  eu percebo, nas minhas várias ilusões amorosas a ti, que parte do que sinto é recíproco.
Sim, eu sei que é, você me disse, não é mesmo melhor amigo?
Como eu disse ao início, foi um intenso esforço escrever estas linhas, assim como o meu fechar de olhos, que esperando neles, queria que você sumisse da minha mente, por pelo menos 5 minutinhos; eu realmente preciso dormir.
Minha família te adora, venera; chega a ser estranho tanta ligação nas nossas histórias. Nas minhas certezas, sei que já passamos por várias fases de um namoro, essas que todo casal passa.
A dor da sua ida, por mais que seja por um curto prazo, faz tanto estrago. Chega a ser cruel com o meu coração, que pra falar a verdade só quer ser transbordado. Eu literalmente  não consigo me concentrar em nada, quando percebo, quando saio do seu transe, eu estou ligada a você, mais uma vez. Sei que isso é um problema mas vejo como uma forma de sempre nos mantermos vivos, um dentro do outro. Agora, eu sei que você trilhará outro caminho, um caminho que fez meu coração em pedacinhos. Mas sei também que quando fecho os olhos com força, você cisma em ficar, então, já que insiste, que fique. Fique por muito tempo, o tempo que quiser.
Nunca fui de sair, me aproximar de outras pessoas com intenções secundárias. Minha família sempre foi um pouco controladora e por esses motivos, sou grata. Fico um pouco mais ao seu lado. Na minha fé também, minha santidade necessita solidão, e como estás longe, posso pratica-lá com mais êxito. Sei que Deus me deu de presente alguém muito especial, que chegará no tempo certo. E eu esperarei. Se for você, eu espero o tempo que for preciao e se não for, que ao menos no caminho da espera, você também fique ao meu lado. Como sempre esteve, e confesso, é o que mais admiro, o seu cuidado.
É pai, irmão, amigo, amor e sonho.
Sei também que ainda falta muitas palavras aqui, as mesmas em que eu jurava dizer frente a frente, e que na hora, ah, você sabe, eu calava. Gelava e sorria, como se todo caos aqui dentro do meu peito fosse uma simples brisa de verão. E por falar em verão, nossas férias foram maravilhosas, guardo cada detalhe dela e de muitos outros momentos nos meus cantinhos vazios.
Enfim, caro melhor amigo, o que eu queria dizer mesmo, é que te amo, como já te disse várias vezes, e outra vez, te digo. Te amo mesmo. E como não posso saber o que acontecerá lá na frente,  vivo o aqui, bem aqui, neste meu mundinho onde você é só você, você é parte minha e eu, ah eu pretendo ser sua.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Te ligo

Falar sobre namoro, muitas das vezes é fácil, é algo tão natural, de longa data existencial, onde se vê a todo momento, em cada esquina, cada cantinho da cidade. Mas para mim, sempre foi algo vago.
Eu nunca namorei ninguém, bom, não com a entrega total do coração. Não experimentei estes namoros de novela, algo que a meu ver, é totalmente medíocre. Nem mesmo aqueles que logo de cara, você sabe que vai ser até o altar.
Também nunca entendi certos poetas, que diziam que para amar, antes, todos sofrem. Me perguntava como algo tão belo, poderia machucar, algo que todos que conheço, já experimentaram. Nunca pude ter essa resposta.
Como será a paixão entre dois amantes? Como é que a rotina, nos casais dos 20 anos, ainda não os atrapalhou ? E aqueles de 80, como à mantém? Outras que aqui, não possuo êxito.
Sei que até certo tempo, não obterei respostas, à não ser, que as viva de uma forma intensamente inteira. Mas e o meu medo?
Meus namoros eram superficiais, construídos através da grande influência das mídias.
Não, não fui obrigado a namorar todas que namorei, sei que a escolha foi e ainda é minha; Mas não seja tão cruel, alguém solitário é visto como incapaz, em certas vezes, pela sociedade.
E eu não sou, sou capaz sim! De amar, de amar e de amar.
Este é o meu desejo, quero mostrar que sou capaz, mas de um jeito certo.  No tempo e na compreensão certa. Mostrar a todos mas não por ninguém, a escolha ainda é minha.
Mereço alguém que me complete, algo que me transborde, uma metade que aprecie bons livros e um bom café, coisas simples. Enfim, um namoro de coração, de ambas as metades de tal.
Enfim, como amar ? Vou viver um pouco aqui, uma resposta de cada vez, e quando eu, em minhas mãos às ter, eu te ligo.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Resuminho

Descobri algo em mim, algo além,  e junto dele um sentimento que era alheio até então.
Descobri Esperança, sim, ela mesma, aquela que você tem todos os dias. Por um mundo melhor, por um salário melhor ou por qualquer outro motivo.
A intensidade de como descobri fora tão forte que logo, ligou a outro sentimento, o amor. Isso mesmo, na melhor e na pior forma clichê.
O amor é algo tão imenso e vago ao mesmo tempo que a percepção de tal é quase invisível, quase não, totalmente, literalmente.
Descobri o amor, não na forma de dois amantes, porque dessa experiência eu já vivi e sinceramente espero que ela não me venha ao acaso tão cedo, que ela espere um pouco mais por mim.
Eu descobri que o amor engloba tudo, que ele faz parte de tudo. Um café bem forte e fresco, como eu o amo. Ao dar o seu lugar a uma senhora no ônibus, vago. Um bom banho demorado e quente, mesmo nos dias corridos. Um olá a um estranho, tão simples.
Ah esse amor, o amor, ele nasce e morre todos os dias, como num parto e num enterro. Numa mensagem de bom dia e na falta dela também. Ao andar de mãos dadas com seu filho ou com o seu "amado" e ao ver a falta desses momentos.
Descobri que o amor, ao longo do tempo é imenso e vago ao mesmo tempo, no seu tempo. Que tudo relacionado ao amor é ligado ao tempo, -quanto tempo- cada segundo e aos inúmeros milésimos. Que o fato de ter Esperança é acreditar nele mesmo. É descobrir o amor.
A vida é um breve resuminho do amor, a vida não se compara a sua grandiosidade.
Eu descobri, descobri que o amor é a própria existência.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Do qual nasci

Confesso.
Hoje, eu quero contar.
Hoje, eu pretendia matar. Mataria algo tão belo, que não demorou muito para crescer, algo puro.
Eu ia matar, mas a coragem felizmente hoje não quis me acompanhar. Confesso.
Eu não cheguei nem ao menos pensar nas minhas consequências. Se a pena fosse a tantos anos, eu não ligaria. Seria bem melhor, do que esses últimos meses que passei. Eu teria uma rotina, como agora eu não tenho. Mas confesso, sou grata por pensar assim, no mesmo momento em que mataria, acordei para viver.
Confesso. Hoje, eu iria matar todo amor que existe em mim. A coragem me faltou, e foi neste momento em que percebi, não posso acabar com algo que me faz inteiro. Sou todo amor existente.
Nasci de um, não carnal, mas um amor verdadeiro. Amei, mas a culpa não é minha, se quem amei não sabe ainda o que é amar.
Eu amo. Muita e pouca coisa, toda hora e hora nenhuma, alguém e a multidão toda. Não é contradição, é ser inteiro.
Hoje eu confesso, descobri que sou inteira, que sou todo amor e que não dependo do outro para amá-lo. O amor é meu, sou eu, a busca da felicidade é minha. Eu não poderia matar algo por influência de terceiros, algo que me foi dado desde o início.
É confuso, mas para quem já se identificou, é claro. Com isso, hoje eu confesso e admito, aquela frase que ouvi por esses dias "pra ser feliz, sê inteiro" está certa. Eu não posso dar algo que não sou, não tenho. Preciso transbordar-me a cada nova experiência de amar. Seja no dia a dia ou bem pertinho do outro. Sê inteiro, ser assumidamente, aquilo do qual nasceu, amor.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Vá, procure

É bom e cansativo falar de você.
É complicado e demora, demora muito para que as minhas palavras se acertem, para que tenham algum sentido.
Sabe, eu tenho tanto medo, medo de que na minha vida tudo passe, passe rápido demais ou demore muito. De que eu me esqueça fácil, de que eu não sinta mais saudade. Outra de que tenho tanto em mim, é tanta pena. Daqueles que ainda não compreenderam que para amar você precisa lutar, precisa ter força e que não se pode comparar.
Precisa saber ver o verso de tal, conhecer os defeitos e não se entregar tão rápido a adrenalina. Não se entregar ao frio na barriga quando de longe, avistamos o amor. Um amor com prazo de validade.
Sim, começo este texto, essas poucas partes de mim, dedicando-as para alguém.
Esse aqui não é um simples texto, não terminará com alguma conclusão extraordinária sobre a vida ou sobre o amor, não mesmo.
Desculpe se te desanpontei, se te cansei ao ler. Droga. Até mesmo quando me dirijo a você caro leitor, lembro-me dele. Lembro-me dos meus poucos dias, do meu prazo de validade.
Bom, concordo que já está claro que a sanidade não vem acompanhada junto ao amor.
Amar ... Por que este verbo significa tanta coisa ? Será que tal sabe que ele mesmo tem muitos nomes, endereços, cheiros e desapegos ? Acho que não, se soubesse, não se conjugaria.
Eu sei que muitos aqui, já fecharam o link, partiram.
Partir ... Novamente vamos refletir, será que este, sabe que está ligado muita das vezes ao amor, não aquele amor de filme ou aqueles que duram 85 anos de casados, mas aqueles que duram pouco, aqueles que a validade é conservada com a qualidade dos indivíduos ? Provável que não, se soubesse, não estaria tão por perto. Enfim.
Se você ainda aqui está, se ainda lê os meus pedaços, obrigada. Agora sei algo sobre você, algum prazo seu também já venceu ou está próximo da data marcada. Quero lhe contar algo. Certa vez, meu avô me disse que se acreditarmos em algo, logo já o teremos. Eu tenho muita coisa, mas pouca também. Você tem muita coisa, mas pouca também. Nós dois, aqui, acreditamos num amor além de datas, além de números, de beijos, além do que possa ser além. Nós já o temos. Sim, temos esse amor.
Não acredita ? Bom, sei mais uma coisa ao seu respeito, és tolo e cego caro leitor.
Sei quão difícil é ver, porque esse amor, fica bem guardado, mas está sempre ai, bem aonde dói, está sempre contigo. Ele é quieto, atencioso, preocupado, observador e logo, senti muito.
Já viveu demais, ou já quis morrer demais. Entre tudo isso, em meio a tanto caos, ele está ai.
Por mais que não pareça. Ele chora contigo, está contigo, repito, está ai. Nos teus sorrisos, nos teus abraços, numa simples piscadela. Está ai.
Vá, procure! Tente talvez na tela do celular, no seu banheiro ou no seu quarto, num cômodo qualquer da casa que seja capaz de refletir. Refletir esse amor. E vá, veja. Olhe bem para o que vê, repare bem esse amor, olhe atenciosamente.
Ele está ai não está ? Faz sentido agora, porque agora você vê com clareza, não mais com lágrimas nos olhos mas com um sorriso no rosto.
Agora você vê, porque sempre esteve ai, bem perto. Você!
Fico feliz ao ver esse seu sorriso bobo, novo.
Mas agora vá, vá ser feliz outra vez, procure agora um prazo com mais números, ou simplesmente compre um café.
Vá depressa! Ande!
E lembre-se, que aqui você encontrou o amor, seja para alguém o que você procura, transmita o amor que você é, o amor que você quer.